quarta-feira, 7 de agosto de 2013

De agosto a desgosto

      Não é que eu seria mais feliz ou qualquer outra coisa sem te conhecer, mas eu acho que eu seria melhor. "Bruna, você só bota fora as coisas." Uhum, é verdade. Tudo que tenho nas mãos eu jogo longe, por isso, era melhor ter mantido você afastado. As brigas, eu só brigo com todo mundo, mas com você eu brigo todas as horas. Eu posso gritar: "Eu te odeio!" E odeio muito, muito muito. Bastante demais. E é por aquele fato, de passar uns 3 minutos(dentro da minha cabeça) e eu não conseguir te odiar nem por segundos.
     Eu acho que eu me odeio mais do que odeio você, porque eu posso me mudar e eu não quero. Na verdade, queria me mudar pra dentro da sua sala, ou qualquer canto da sua casa, do seu coração ou das suas mãos me fazia feliz. Mas dentro da minha cabeça, bebê, você era o centro mesmo antes de nem saber qual era seu nome completo.
     Eu gostaria de ter abdicado da minha existência antes, mas nem ia saber da sua. Entretanto, eu não queria morrer(logo. Um dia, quem sabe...), eu só queria não ter nascido. Mas eu me sinto bem assim... Eu odeio o verão, o inverno, primavera, outono, chuva, sol, cachorros, gatos, eu, você, eles, nós. Eu odeio tudo, porque não tem mais você pra me fazer gostar dessas coisas. 
     Eu odeio violões, violeiros, cantores, bandas, mousses, rosa, azul, roxo, laranja, suco de uva. Eu não gosto das minhas unhas compridas, nem delas curtas. Eu abomino preto e branco. Colorido é meu desgosto. Odeio letras. O Augustus(ele me lembra você). Todos os anagramas que formo com o seu nome. O jeito que você sorri(dói muito). A sua vida torta/do avesso me agride demais. A nossa casa(eu sempre escolho a minha casa) me deixa inconsolável.
     A cor dos meus olhos: nunca soube e nem quero saber. Te mandar pra qualquer lugar não vai me fazer bem, e nem a você(porque tudo é indiferente). Eu não queria nada. Só um suspensão.  Que eu fechasse meus olhos, suspirasse, abrisse eles e você estivesse do meu lado.

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