sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Te amo

Eu sei porque eu estou me sentindo assim, meu bem. Será amanhã. Mas, sempre se lembre: "Eu sempre vou amar você. Você sempre estará no meu pensamento; estará no meu coração, meu pequeno." Bel, você é a minha vida, é clichê, lembra-me o lance da pomba, mas você é meu irmão. Eu não vou deixar de ter um irmão só porque ele morreu, eu sempre serei sua irmã. Fica bem, por favor.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Primeiro dia

Hoje tem sol amarelo e céu azul. Hoje está quente, mas tem vento. Hoje eu vi você correndo nos campos de morango. Hoje eu estou sorrindo. Hoje, há um ano, você ainda estava do meu lado. Hoje, você ainda está comigo. Hoje eu não sei mais o que me dizer. Ontem, levei vários tapas na cara; mas hoje, hoje eu dei um tapa na minha cara. Hoje eu sei que amanhã e ontem não é melhor do que hoje.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Seu

Desde a primeira vez que te vi achei que você queria ser um de meus textos. Na verdade, acho que foi por isso que me procurou. Não você como pessoa, mas sim como alma. Queria fazer parte dos meus poemas, dos meus pensamentos diários. Dos meus choros alegres. Da minha tristeza feliz. Da minha alegria amargurada. De ser algo horrível, mas eu não vi esse "horrível", então eu sinto tanta falta de ganhar dois presentes todo dia: você e a sua fala. (Esse aqui é totalmente seu, e pode crer.)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cartas para Tom



      Sabe quando você engole a saliva e tem uma fug dificuldade de fazer isso, nem é porque esteja com dor de garganta(como é meu caso), mas sim porque leu algo e é assim mesmo? Você não tem mais recreios(ou intervalos no meio das aulas) para se sentir desconectado de todos. Ver todos lá felizes e contando histórias, ir pra um refúgio e te encontrar e te xingarem como se você conhecesse essas pessoas, e tivesse feito algo mortal pra elas(como se por existir você fosse algo abominável).(Lembra quando você comia seu lanche, mas vomitava ele, só pra não jogar fora e sua mãe ficar feliz?)
     Mas você se encontra, com as mesmas pessoas que estavam do teu lado, mas você nem sabia o nome delas. Agora sabe e conversa sobre o universo e tudo. E se vê no meio de pessoas, e só por estar lá se sente algo(faz parte de alguma coisa). Alguém, um amigo, que escuta você chorando porque ele te disse “Posso levar alguém junto?”, e te diz que ele é um idiota.  E você olha sua calça de uniforme no sol. Vê os pés de amigos próximos dos seus. Ou quando enlouqueceu e foi perto da casa da bruxa, escutou Legião, sozinha e por um pouco tempo, isso durou muito e te fez bem. Depois saiu de lá como se tivesse fumado um cigarro, e sentou no sol vendo crianças menores jogando futebol, e escreveu um texto que tava entalado na garganta e te dando câncer.
     Daí você pula amarelinha sem ninguém por perto, e curte todo espaço entre seus braços abertos. Volta no parquinho, e 11 anos depois consegue ir em lugares que não conseguia. E vive de felicidade. Você resolve ser professora.
Eu desamei e desmaiei depois que vi você realmente bêbado e parecendo uma pessoa que não é você. Conversando com pessoas(e você com uma voz deprimente) e parecendo que elas faziam com que você se sentisse pior(mesmo parecendo que te faziam bem). Sabe quando você sai com pessoas piores do que você só porque você se sente iguais a elas? Você não é assim! Mas quem sou eu para poder dizer isso? Um dia você mesmo vai concluir. Até lá, você tem eu como uma amiga.

Cachorro louco

Sonhei com você, esta noite. Chovia mas fazia sol(e agora estou com uma cara de retardada, a qual você já viu). Eu passei na frente da Protestante, e tava sol(amarelo) e céu(azul). Você falava comigo e sobre coisas tão idiotas como a gente. Odeio sonhar com você, porque lembro que gosto de você. Ainda quero que você seja feliz. E olho para os prédios e vejo o décimo andar e suspiro(sou boba). O Olga, queria morar lá; é tão brilhante. Nunca falei que gosto de você, nem que você é importante para mim, nem que eu já sonhei que tava casando(algo que não penso em fazer) por você. Mas é isso!

Bruna




     Não dá para voltar no passado para viver as mesmas coisas. Tem que se certificar que nós mudamos, mas a essência continuou. A mesma peça não vai reconstituir a tirada, nem pela mesma pessoa. Já foi. Mas sentindo e chegando em uma outro momento, pode ser que a vida se torne menos amarga.
     Eu queria te abraçar e – ao mesmo tempo – dar uma facada no seu peito. É a mistura dos dois(amor e ódio). Queria muito saber o que é aquele sonho que tive várias vezes, do papel amassando e agora me lembro dos papéis que você assina, baby. Eu espero que tudo tenha mudado, e um dia você volte a morar na frente da minha casa.

Fug sinceridade

     Sabe por que eu te deixei saber algumas coisas que eu inventei sobre mim? No meio delas tinham meias verdades. Puta que pariu, eu não conto a verdade nem para minha mãe. Que fugged idiotice, eu não pensava a verdade nem para mim mesma.
     É muito bom acordar depois de um tempo dormindo. É horrível dormir, perde-se muito tempo(esta noite dormi 21 horas). Entretanto, é legal. Dá pra ver que há algo. Eu nunca vou dar um presente para alguém e ficar lembrando que fiz isso, ou o quanto eu gastei com isso, e o que deixei de comprar. É assim o amor. É assim Tudo. (Ciúmes só servem para fugging estragar tudo. Eu nunca te daria meu O Apanhador no Campo de Centeio. É tipo tatuar bem grande teu nome no meu braço, agora.)

Trabalho de literatura



Lembra quando você me disse, a mais ou menos um ano, isto: “Por que ele nunca escreveu teu nome na areia? Ou com luzes?”? A gente comeu pipoca e tomou coca. E eu estou pensando nisso agora. Recordo-me que te mostrei a música que tinha a cara dele, na verdade, os olhos dele. E ele me mandou uma sms de manhã, dando bom dia. E eu fiquei te perguntando por que ele me chamou de “aquilo”, e a gente ficou pensando em o que “aquilo” significaria. À noite, indo pra casa, em algumas condições e olhando o céu, mandei outra sms para ele, e, do nada, fiquei tão feliz. Tão bem. Ele me deixava boba não sabendo dançar. E eu era idiota por não gostar de amarelo. (Saudades de você, moça e do seu vizinho louco. E das minhas ideias de fazer uma festa na sua casa, e chamar a galera – o que nunca te contei.)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Obrigada

Oi. Depois disso tudo, vou "voltar" a ser como realmente sou. E - quem sabe -  participar mais. Ou, me manter em segredo. Tchau.

Dia mais feliz dos dias mais felizes

     Eu estava andando na companhia da minha amiga que eu achava que nem a era mais. Quando vi, andávamos na rua, mas eu esqueci dos pontos da cidade. Passamos por onde tinha que ficar. Depois eu contei pra ela de você, e do quanto eu te achava louco, e o quanto eu não gostava de você; expliquei para ela também que não adiantar ir para outros lugares se estivermos ainda com a mente fechada. É a ideia do cachorro(cortei meu nariz com minha unha, tentando assoprar) que sai de casa(foge) e anda só na frente da casa, correndo de cima pra baixo. É assim nosso pensamento.
     Quanto mais nos perdermos pensando no porque, menos vivemos. Não dá pra ser espectador, meu querido. Se jogar no mundo, e fingir que está tudo bem é melhor parte. Nunca parar. A estrada é longa, repito, não há tempo para o passado. Passou. Sim, você é feliz tanto quanto eu, ou qualquer pessoa. A gente tá fazendo o máximo possível(nunca deixem o pensar o contrário). A gente é triste, mas é feliz. A gente se segura. A gente não vai cair.

Oi

     Realmente eu não sei se eu já escrevi sobre isto, mas, mesmo que tivesse, não me recordo. Quando eu tinha uns 13 anos, mais ou menos, eu fui fazer catequese. Tinha uma menina que tinha 14 anos e estava estudando comigo lá, eu achava ela velha demais, hoje me sinto patética. Recebemos livros, o meu era alaranjado. Líamos a Bíblia. Escutávamos histórias e contos. Respondíamos a questões. Tinha os pombos lá(não gosto de pombos). Um dia, acordei cedo para ir na igreja(e é engraçado, sempre me lembro desse dia, e como alguns dias são parecidos com esse. O frio, o "medo", a vontade de não ir, a dor de garganta, o inverno, a professora, o perfume do ar, o ar puro tão limpo e gelado, minhas mãos frias) e vi várias pessoas legais lá, lembro que passamos na frente do cemitério também, e olhei e lembrei que meus avós estão lá e lá é legal. Depois que acabou a missa eu decidi parar de frequentar a catequese. "Eu prefiro ser eu." 
     Escutando Asleep(ouçam, caso não tenham ouvido essa música), eu lembrei desse sentimento. Desse suicídio. (Hoje, pela manhã, tive a noção de que qualquer coisa me faria chorar, mas só de eu ler "eu me senti infinito" eu desabei. E a cada página chorava mais.)

Ele gostava das minhas idiotices

Então, mesmo com a vida e tudo isso, quero te pedir uma só coisa: Mantenha-se vivo, meu bem.

domingo, 25 de agosto de 2013

     A única certeza e frase que posso proferir é: "Eu não sou nada." Não sou uma fraude, não sou alguma coisa. Eu já escondi tudo que eu sou de mim mesma, para ser abrigada no mundo como se fosse uma doença. Para alguns - como para mim mesma - sentir dor ou estar com gripe, por exemplo, é bom, mostra como a vida é vida. Que não somos robôs. Mas eu realmente não sei qual é minha vontade, e não posso dizer o que sou de verdade, não sei mais diferenciar. 
     Eu tentando não me aliar aos outros virei a pior pessoa do mundo(sou muito egocêntrica, porém, não sei se sou realmente). Não sei viver de verdade, e espero o dia em que alguém entre na minha cabeça e não saia correndo. Que fique lá mesmo não me vendo, apenas sabendo que eu sou um "nada".

sábado, 24 de agosto de 2013

Talvez desse certo, com outras pessoas, em um outro lugar, em uma outra época, numa outra cidade, sem mim. (Bom encontro é de dois. Two cups, two cakes.)

Doença

     Agora: para eu amar ou me apaixonar por alguém, esse alguém tem que me dar motivos. E no mínimo, 19 motivos, ou só um: "Corri pro esconderijo. Olhei pela janela... " Há sempre vários motivos pra partir, mas só você pode me mostrar os que existem pra ficar. Mas agora, já estou de partida. Estou seguindo, indo. Andando rápido lentamente. Olhando tudo. E sabendo que não vou olhar para trás.
     Passou, morreu. A estrada é longa, e olhando pra trás, sem andar - por muito tempo - é burrice. Existem novos livros para se ler. Nossas histórias para escutar e contar. Assim a lembrança sempre estará presente. Trairá lágrimas? Ás vezes, mas, no escuro somos todos iguais, até alguém começar a falar e contar coisas que só estavam dentro da cabeça. Coisas que, até então, só nós mesmos sabíamos(e achávamos que os outros não entenderiam, ou não gostariam de saber).
(Tudo isso que eu disse é mentira.)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Conflitos

A dor faz eu me sentir viva, melhor. Eu tô tão robô com sentimentos. Desempenho sempre as mesmas funções. Só chorar. Calar. Engolir tudo sabendo que não vou digerir nada. Suprindo cada vontade minha com um "o dia vai chegar". Quando que você vem e vai me tirar do conformismo? Quando vai remover as minhas amarras? Eu eternizo cada silêncio gritado - que vem das minhas preces diárias - com canções de amor, aquelas bem clichês, esperando que você venha morar na minha rua.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Mudança

      Não ter mais ciúmes, se apegar a objetos... É, a vida mostra. Nada é "meu", nem de mim mesma sou dona. Mudei ontem quando ele morreu. Eu chorei(sim, eu mesma, chorei muito, contei até carneiros, mas lembrei dele). Ele sabia que não tinha ciúmes dele, porque ele não era uma coisa, era uma pessoa. Eu sei, sou humana, erro, porém, acredito na interligação que tinha com ele, na conexão. No fato de eu não tocar mais piano, e ele não me perguntar nada, porque ele sabia que tinha um motivo.
     Minha irmã, a qual nem sabia que existia. Esta tocava piano também, e eu sem querer estava fazendo o mesmo que ela, isso me deixou frustrada. Quebrei copos, e ele não disse nada, ficou suspenso naquela linha que temos, não me abraçou, só me deixou comigo mesma. Quando voltou, contou-me uma história sobre os campos de uva. Ah, como eu amo este homem. Trouxe uma fatia de bolo, e nós dois comemos ele, escolhendo as uvas e apreciando uma a uma.
     Um dia ele me disse que quando era menor, tinha um caderno, escrito na sua frente: "Meu maior segredo." Ele nunca me explicou isso, ao certo, mas eu entendi tudo. Depois, antes dele ir embora, me deixou uma folha em branco perto da nossa cama. Mas ele sabia que eu não precisava disso pra saber, que tudo é nada. Que o segredo da vida é entender e saber que não tem nada escrito.


Alice Manuela de Siqueira Ramos.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

2003

     Usar a tua casa como a minha. Emprestar meu sapato para você. Apostar corrida para recolher cerejas. Depositar expectativas para um mundo novo com uma sandália prata linda. Subir, descer montanhas.
     Avistar você e dizer: "Esta mecha loira poderia ser um eventual sentimento meu. Percorrer entre seu rosto. Brincar com os seus olhos. E, às vezes, te fazer chorar." Você despejar em mim suas necessidades de um presente passado. Me dar a mão e enaltecer o meu paladar para falar: "Eu te amo." Mas você não quer ouvir. E eu. Ah, eu sou frívola. 
     Você me diz que vai escrever para mim. Rasgar a folha do meu diário e colar no seu epitáfio. Eu estremeço. Penso que queria e devia estar sempre do seu lado. "Será que você vai morrer antes mesmo de eu percorrer todas as regiões do seu corpo? Quero te conhecer por inteiro. Tirar de ti toda a minha fúria. Chamar tempestade. Riscar nas bases dos seus joelhos sentenças de canções que eu abomino. 'Será que você vai sabe o quanto penso em você, com o meu coração?' E eu que sou mais firme que uma pedra..." Eu pensava isso, toda vez que olhava para seus olhos todos os dias, e imaginava que eram outros, o de um novo eu seu.


Alice Manuela de Siqueira Ramos.

Martinei

     Eu sou uma pessoa muito fútil. Nos meus 32 anos de vida, apenas dissequei e disquei lagartos. Todos me dão medo. Minha alma soa vazia em meio a um mundo todo tão amarrado. Eu sempre fui filha única, mas tem a outra, a que faleceu. O que me apetece nisso é o fato de eu sempre ser obediente. Meu marido, quando estava vivo, costumava me dizer que eu era cobra criada, e me deixava sempre chorando prantos inacabados perto dos meus antigos diários, a quartos fechados. Ele sabia como era ruim ser incomodada quando a gente toma aquele banho quente e sai no frio pra descobrir que, mesmo estando cheia de opiniões e interesses, sonhos e gostos, morre e cai. É esquecida. Se torna folha velha e é removida da árvore.
     Eu sempre amei ele, meu antigo amor. Eu não sou romântica, mas ele, se eu me lamentava, ele saia de fininho, porque sabia que se chegasse perto de mim recebia um tiro no meio do rosto. Ele me entendia. E não era do tipo bonitão, nem do mais recatado. Era muito sincero, e atirado. Na época, estava deslocado, igual a mim.
     Não me lembro da cor dos olhos dele. E tenho várias fotografias, as quais estão nas portas do guarda roupas.
     Hoje estou bebendo um pouco de vinho, e o meu vizinho me acha maluca(ele me contou). Deitei na rede, e  avistei crianças correndo na chuva. Elas riram, riram pra mim. Oh, moço, você nem me deixou filhos...  Fui atrás destas. Andei junto, joguei água pro alto com elas. Me senti tão viva. Você sabe que, se mamãe estive aqui, não me deixaria sofrer tanto.


Alice Manuela de Siqueira Ramos.

7 3 7

    Lá no longe. Menino sentado, tudo em branco(inclusive a vida dele). Só folhas secas me machucado. E as amarras dele. Sabe quando a gente bate e bate com a cabeça, quase corda, mas, na verdade, quer rachar pela metade? Virar dois seres. O de antes e o de depois.
     Eu sou eu, meu caro. Você nunca vai saber quem eu sou. Posso dizer que gosto de arco-íris, você pode achar isso muito diferente, ou gostar só porque eu gosto. Meu bem, eu na verdade gosto de poças de água, porque são delas que vem os arco-íris. Eu não gosto do seu sorriso. Ou da sua boca. Da sua voz, nem do seu cabelo. Não me importo com o seu andar. Eu gosto disso daqui: do seu coração. Da sua mente. 
     O que te transforma em meu ser favorito, hoje, é saber que você não me desenha, e poderia(mas não o faz). Só que dentro da minha cabeça, é só você que habita. 
     Eu não vou te trocar por nada. Amanhã isso não fará mais sentido, mas a flor que vejo na parede branca(aquela flor que quase não aparece, que ninguém vê, mas ela está lá), ela está me dizendo para ir na praça, ver os casais de mãos dadas, suspirar junto. Me encolher num mundo todo, sabendo que meus sorrisos são teus. Entender que eu nunca vou saber o que você realmente gosta. 
     Eu sempre me imaginei lendo minhas poesias(as que escrevi para um professor incrível, mostrei a ele e me disse: "Você tem talento.") mas não sentindo elas. Na verdade, eu queria apenas deitar do seu lado, fechar os olhos, pegar minha mão e segurar na sua. E morrer.


Alice Manuela de Siqueira Ramos.

Quem não me conhece...

É. Eu me prometi que nunca mais escreveria, nunca. Mas você surgiu sem eu entender, nem saber. Veio do nada, apareceu contando histórias sobre nós. Eu acreditei(e todos também). Disse também que nunca mais queria nada. Eu fiquei desesperada sem ver o que já tinha feito. Feliz um dia? Bobok. Lindo(Parece que o amor me deixou confusa e não sei nem definir nada.)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Português

Você só sente amor(1) sozinho, e só tem sofrimento(2) sozinho. Você escuta aquelas músicas clichês e pensa no que perdeu(1) do outro, e o que ganhou de você mesmo(2). (E se fugging entristece.)

Feito para mim

Ele não é assim como todos o veem. Ele tem medo de machucar os outros porque ele já se feriu demais. Ele desiste antes mesmo de tentar. Ele nunca teve um amor intenso, só dele e para ele. Que ninguém fosse tirar, só ele mesmo poderia fazer isso. Ele rejeita com medo do seu sofrimento. Ele chora, sonha, não tira pensamentos da cabeça(mas voa, não alcança por ser sofredor). Vive num  mundo próprio. Tem a alma presa num desvio de hérnia. Ela está dentro de um copo caindo no chão. Ele nunca quebrou, mas é partido por dentro. Fora tem toda uma "vitalidade", mas é preto e branco. No seu interior ele está pedindo, mendigando uma peça que faça com que ele seja infinito, mesmo que triste. Eu não o deixei de lado, só fui comprar cigarros para ele. (Eu nunca vou o esquecer, nunca. Jamais! Mas eu posso tentar...)

domingo, 11 de agosto de 2013

Será que o nome afeta?



Ele fala como se nunca tivesse existido. Anda pelas pessoas, e carrega em suas costas amores que nunca aconteceram, e nem foram esquecidos. Ele segura nas mãos - frias - flores transparentes, e me entrega elas todos os dias(por pensamento). Ele corre de um lado pro outro, em círculos. Morde a língua. E lembra de mim só quando pensa no que perdeu. Ele não gosta muito de ler livros, mas conhece muitos. Várias vezes no dia, olha pela janela e sonha com alguém o chamando para ser feliz. Ele atrapalha os outros mesmo sendo inexistente. Fica embaixo de árvores pensando em como a gravidade é ruim. Ele vê sua mão e pensa porque não tem ninguém a segurando. Tira, põe roupas. Sobe, desce escadas. Passa por mim e suspira. "Amanhã eu volto." Ele deposita borboletas dentro de copos coloridos. Dança sem saber dançar. Prende-se na minha liberdade. Passa na minha rua. Ele é um menino sozinho, que se perde no que tem, e chora pelo futuro. Pensa no passado como uma forma de "simplicidade extrema". Ele tem medo. Medo de mostrar quem é de verdade. Medo de descobrir que atrás da montanha e no mundo, todos são piores que ele. Ele esbarra em mim todos os dias, e não me junta do chão.