segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fra[n]queza

     Eu estava aqui sentada com os pés na cabeça e as mão num vazio sem nada, tentando - quem sabe - "fazer estrela". Você me disse que ia me ensinar, e não o fez. Você falou tanta coisa. Eu só escutei e ri, porque eu estava tão amarga. Eu fui amada e chorava por não poder tocar violão nem guitarra, porque eu era pequena. Eu fui mesquinha dizendo para você, só no fim, o que eu queria. Eu não falei o quanto eu tinha medo, e eu tremia só de pensar que eu já passei pela mesma rua que você, e/ou você anda na minha rua todos os dias. 
     Eu queria poder fechar os olhos e saber que você pensa em mim. Que você sente frio e imagina eu lá, te erguendo, te guiando para subir escadas. Mas eu só te jogava no precipício... Eu ando sentindo tanta felicidade, entretanto, hoje estou com uma dor de cabeça consolando a minha dor na barriga. Tinha água no meu ouvido até ontem...
     Meu bem, se puderes eu te peço apenas uma coisa: não sinta o que eu estou sentindo por você e por mim, nesse momento. O nós tá mais presente agora do que antes. Eu não tenho para quem cantar. Eu não posso mais jogar meu mundo na cabeça de ninguém. Você é um desconhecido que eu não queria ter conhecido, mas eu precisava, para saber o quanto eu não te sustento. Você caiu? (Não.)
     Eu tento ser alguém que eu não sou. Eu mudei tanto... Eu não lembro mais do teu nome.Você ainda é amor.