segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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    Lá no longe. Menino sentado, tudo em branco(inclusive a vida dele). Só folhas secas me machucado. E as amarras dele. Sabe quando a gente bate e bate com a cabeça, quase corda, mas, na verdade, quer rachar pela metade? Virar dois seres. O de antes e o de depois.
     Eu sou eu, meu caro. Você nunca vai saber quem eu sou. Posso dizer que gosto de arco-íris, você pode achar isso muito diferente, ou gostar só porque eu gosto. Meu bem, eu na verdade gosto de poças de água, porque são delas que vem os arco-íris. Eu não gosto do seu sorriso. Ou da sua boca. Da sua voz, nem do seu cabelo. Não me importo com o seu andar. Eu gosto disso daqui: do seu coração. Da sua mente. 
     O que te transforma em meu ser favorito, hoje, é saber que você não me desenha, e poderia(mas não o faz). Só que dentro da minha cabeça, é só você que habita. 
     Eu não vou te trocar por nada. Amanhã isso não fará mais sentido, mas a flor que vejo na parede branca(aquela flor que quase não aparece, que ninguém vê, mas ela está lá), ela está me dizendo para ir na praça, ver os casais de mãos dadas, suspirar junto. Me encolher num mundo todo, sabendo que meus sorrisos são teus. Entender que eu nunca vou saber o que você realmente gosta. 
     Eu sempre me imaginei lendo minhas poesias(as que escrevi para um professor incrível, mostrei a ele e me disse: "Você tem talento.") mas não sentindo elas. Na verdade, eu queria apenas deitar do seu lado, fechar os olhos, pegar minha mão e segurar na sua. E morrer.


Alice Manuela de Siqueira Ramos.

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