quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Suplícios



Sabe, meu amor, eu gostaria muito de poder escrever alegre, entretanto, eu não consigo. Faz uns dias que eu sinto uma coisa muito engraçada(e nunca tinha acontecido comigo isso antes), dá um aperto no meu coração, um vazio, sinto-me oca, desprevenida. Sempre gostei de saber de tudo, não ter surpresas, mas é algo muito surreal. Estou sozinha e isso me assusta. Vou dormir só, acordo e não tem nada do meu lado. Levanto, ando. Corro. Vivo.
Penso em você deitado comigo. A gente conversando, rindo, cantando, olhando-se. Vendo-se por muito tempo. Observando-se, entendendo um ao outro. Suspirando. Surpreendendo-se a cada movimento. Quando eu arrumo meu cabelo que caiu do coque. Ou quando você ajeita o seu. A gente chorando de alegria, doendo a barriga de rir. Fazendo cócegas.
De mãos dadas andando no parque. Deitado embaixo de árvores, vendo o céu azul(ou com chuva, ou cheio de nuvens ou com qualquer coisa). A gente olhando na mesma direção... “Teu sorriso na varanda. Teus olhos pra me perder.”

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Comer

"O problema é você." - disse meu irmão. Eu não consigo suportar a possibilidade de alguma coisa ser verdade. Parece que nada vai ser suficiente para eu acreditar que estou bem. Minha vida é um jogo de vôlei(eu odeio vôlei. Sei as técnicas, tipo, as regras. Em tese eu sei jogar, mas... ). Eu chego lá e só sei fugir. Eu queria que tudo fosse diferente, mas eu não sei se eu consigo. Como eu disse, eu fiquei tão desacreditada (eu fico repetindo isso várias vezes dentro da minha cabeça, para eu não poder sonhar mais. Não voar e não cair). Alguns machucados são até bons, só que estou estou tão normal por fora, e tão oca por dentro. Eu sei que eu tenho que canalizar, eu sei. Mas é como se eu fosse uma mensagem na minha memória. Algo contido lá, mas que não é lembrado porque está numa área corrompida. "Eu só aceito a condição de ter você só pra mim." Pensar muito e fazer pouco, faz de Bruna uma menina normal(igual a todo mundo).

*** 

Boca seca, corpo quente, mãos geladas. Ânsia. E, ainda tenho 15 páginas sobre Genética para estudar. Pois é. Eu tenho culpa, esse é o negócio. Eu sou eu. Sabe aquela pessoa que mesmo lendo um livro, pode lê-lo de novo e ainda se surpreender? Então. Eu tô tentando não ser assim mais. É melhor ser o Jude. Se um fantasma está me assombrando, vou correr ao máximo atrás para mandá-lo ao lugar que ele não deveria ter saído: passado. E fazer de tudo para me manter viva, e manter você vivo. Eu sei que você queimar o paletó foi burrice, mas não me importo. Você está comigo. Eu tentarei ser o máximo Jude possível: surpreender os outros sendo alguma coisa que ninguém mais esperava de mim. Sendo feliz. Ou infeliz. Ou whatever. Mas, com você. (Tudo muda em apenas 1 minuto. Não sou vazia. Estou cheia de vários sentimentos bons(bosta! Eu estou ferrada!) que me queimam. Mas que eu dou valor, e não vou deixar eles acabarem por causa de uma bobeira minha. Eu já vivo com tanta coisa. Tantas derrotas que eu tenho por não suportar ganhar. Eu te amo.)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

     Eu ando tão desprezível para falar de mim mesma. Hoje eu senti algo que experimentei há uns 2 anos. Naquele tempo eu estava dançando lendo uma coisa no jornal. Eu estava feliz por ouvir o que eu gostaria de escutar. Foi bom? Nem lembro mais. Eu me recordo, mas deixe lá com quem o guardo(passado). 
     Eu ando pelas ruas, ou saio por aí, eu estou num lugar e eu sou eu mesma. Sou. Só que eu estou me amando muito. Tipo, me olho no espelho e falo algo que eu(eu? Não! Agora não mais) desaprovaria. Como: "Que vontade de sair e ir em qualquer lugar, com qualquer pessoa, e eu vou estar estupidamente feliz." Preferia andar sozinha, agora quero quanto mais pessoas melhor. Para assim, poder inundar os outros do que eu estou sentindo.É algo conflitante, esmagador. E, ao mesmo tempo, libertador, universal, clichê. 
     Eu poderia ficar mais de uma hora pensando em lugares que percorremos e percorreremos(ainda), só que eu não quero ficar moldando isso. Eu fecho meus olhos e abro os seus.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"Meu"

E essa vontade? É. Ela vem do que não tenho. Se é muito colado, sufoca. Se desprende-se, eu fico chorando, como se tivessem roubado minha boneca de dormir. Se falo toda hora, eu canso. Desisto. Caio na rede. Fico achando que é perseguição. Eu persigo. Eu corro atrás. Você diz “tchau”. Eu quero que você fique mais. Você nunca vai embora, eu não aguento mais.
Você chora, eu choro. Você sorri, eu sorrio. Você me ama, eu te amo. Você não vai ler isso(tomara). Eu leio todos os dias. Você fica com um olhar estranho, eu também fico. Você me estranha, eu te estranho. Eu, entranhas. Você, você. Eu gosto do que eu nunca gostei. Eu mostro do que eu gosto. Eu gosto? Ai, meu Deus. Gosto?! Eu não sei do que eu gosto, nunca soube. Não tenho amigos, não tenho pais, não tenho namorado(para você). Para alguns digo que tenho família, e tudo mais. Filhos. Sou muito otimista(pessimista, na verdade), mas eu não conto para você isso, porque você é meu tudo(família, amigo...).
Não posso mais falar nada, uma parte de mim está dizendo que tudo isso é mentira. Que não dá. Que eu quero sentir isso transcender. Queria estar ainda participando de recreios.  Já escutou essa música da Cássia Eller(não é dela, mas ela canta)? Escute. Meu Deus! (Assista Closer.)

domingo, 10 de novembro de 2013

“Nosso tempo já passou.” Esse é meu mantra. O repito várias vezes ao longo do dia. Com essa minha nova personagem incorporada, tento esquecer tudo que já aconteceu. Não olhar placas de trânsito - que por sinal são amarelas – e me lembrar de você. Você nunca vai saber que você é o Amarelo, na verdade. Por isso posso falar. Mas, digo isso como se fosse a vida de outra pessoa, com a ingenuidade e curiosidade de uma espectadora, porque nosso tempo já passou. 
Toda manhã, ou tarde, e quem sabe noite que acordo, eu olho para meu teto estrelado do quarto, e penso no sol que pode estar fazendo lá fora, mesmo que esteja tendo uma tempestade. Ah, as tempestades. Lembro que uma menina gosta muito delas, e sempre que olha uma vindo suspira ao contemplar isso, e sente como se o corpo flutuasse, fluísse. Acontecem borboletas (no estômago). Ela se enche de vida. Corre. Lembra-se da promessa, aquelas de não responder. Fica uma aula inteira de História lixando as unhas e conversando com as amigas, rindo. A tempestade a faz bem. Porém, ela acabou não gostando mais das que ocorriam. Foi no momento que ela caiu (das asas criadas) diretamente de um prédio, o Olga.  Ela se tornou humana, pois com a tempestade virava anjo. Ela se machucou muito. Sentiu o amor se estraçalhando, espalhando-se, só que, mesmo assim, sobrevivendo à queda...
(...)“Por que ele nunca escreveu seu nome na areia?” Porque ele não queria que as ondas o apagasse. Ele cravejou e lacrou dentro do seu coração um nome, e ela nunca soube. Sentia que sempre voltava lá pra trás, pra setembro, mesmo que já estivesse em novembro. Mesmo que quisesse estar em 2013, estava em 2012. 13 é o número da sorte dela. Pensa que tudo que acontecer nesse ano, ou nessa data deve ser gravado para sempre num semblante, porque o treze não era um destino, era uma promessa de que tudo seria da melhor forma e o que tinha que ser... 
Estou morrendo de calor e você deve estar se perguntando: “Como ela sabe dessas histórias dessas pessoas que ela tanto falou?” Eu leio muito. Eu fantasio muito. Eu escuto muitas músicas, meu bem. Eu me iludo demais. Mas amo uma bela leitura, escrever, escutar uma música boa. E estou com muito calor. Tô sendo repetitiva já. É melhor repetir algumas palavras, e coisas, do que lembrar e falar de outras totalmente imaginárias.

sábado, 9 de novembro de 2013

Desde quando você se foi


             Estou escutando uma música da Fresno, agora(ótimo gosto o meu, ultimamente). E pensando no que me deu. Nunca mais vou poder falar com você. Eu tô falando? Estou? Não. Estou falando com você. Você que ainda não conheço e tanto aguardo. Você que agora peço que venha. Falo para mim, toda a noite que você vai aparecer na minha vida. (E fico lembrando de você, e vendo que isso não está certo. Assisto um filminho, aquele lá! Que coisa triste?! Ando tão alegre que acho que já fiquei louca... Acabando o texto com um Strike básico.)
***
Tem tantas coisas que queria ter te dito. E – depois disso tudo(disso. Tudo) – não tenho nada a dizer... Tava ouvindo Janta perto do Olga, e andei na rua bem devagar, querendo que algo acontecesse. O que ocorreu, na verdade, foi um carro parando pra eu passar. Daí fui escolher cortinas novas, lavar elas. Deixar tudo claro limpo. Limpar a casa. Esquecer você. Olhar uma mísera tempestade e olhe: Só pensar na cortina secando no varal. Que vai molhar. Correr, chegar lá e já a terem recolhido. Foi assim.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fra[n]queza

     Eu estava aqui sentada com os pés na cabeça e as mão num vazio sem nada, tentando - quem sabe - "fazer estrela". Você me disse que ia me ensinar, e não o fez. Você falou tanta coisa. Eu só escutei e ri, porque eu estava tão amarga. Eu fui amada e chorava por não poder tocar violão nem guitarra, porque eu era pequena. Eu fui mesquinha dizendo para você, só no fim, o que eu queria. Eu não falei o quanto eu tinha medo, e eu tremia só de pensar que eu já passei pela mesma rua que você, e/ou você anda na minha rua todos os dias. 
     Eu queria poder fechar os olhos e saber que você pensa em mim. Que você sente frio e imagina eu lá, te erguendo, te guiando para subir escadas. Mas eu só te jogava no precipício... Eu ando sentindo tanta felicidade, entretanto, hoje estou com uma dor de cabeça consolando a minha dor na barriga. Tinha água no meu ouvido até ontem...
     Meu bem, se puderes eu te peço apenas uma coisa: não sinta o que eu estou sentindo por você e por mim, nesse momento. O nós tá mais presente agora do que antes. Eu não tenho para quem cantar. Eu não posso mais jogar meu mundo na cabeça de ninguém. Você é um desconhecido que eu não queria ter conhecido, mas eu precisava, para saber o quanto eu não te sustento. Você caiu? (Não.)
     Eu tento ser alguém que eu não sou. Eu mudei tanto... Eu não lembro mais do teu nome.Você ainda é amor.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

    Boboca, eu prefiro sair assim fugida. Hoje eu queria não ter que nunca mais falar com você. Nossas conversas são deprimentes. Eu prefiro guardar meus sonhos embaixo do travesseiro. Hoje eu me vejo chorar por algo que fez eu dormir sorrindo ontem: Eu saindo de um hotel e te encontrando para comer um pudim. Sim! Uma coisa bem casual. No outro dia você iria me levar como guia por calçadas e ruas que já devo ter pisado ali, mas não lembro. E eu imaginei eu falando em voz alta seu nome. É complicado falar o nome de alguém quando está te dando as costas. Não porque quer, e sim porque está andando para frente. Falar baixinho o nome, e a pessoa escutar. 
    Eu nunca imaginei estar nessa situação em que me encontro, há, tipo, uns 5 anos atrás eu preferia ler, estudar, pular corda. Não que o que estou fazendo hoje seja pior. Mas eu não chorava. Eu quase nunca chorava. Sempre fui forte, sempre fui capaz de acreditar que eu tinha algo bom me esperando. Hoje estou tão sem chão. Tão sem nada. Pelo menos hoje: não quero ser feliz. Só queria morrer. Ou, sobreviver.

Achados e Perdidos

    Nunca imaginei que isto fizesse tanto sentido para mim: Eu não estou perdida. Sempre fui incompreendida, ou, não levada a sério. Sempre desempenhei as mesmas funções. A minha vida não é minha. Eu tô cantando Maurício mentalmente... Estão me falando da lua agora, e eu estou lembrando que falei com a minha mãe sobre você. E ela: "Mas...?" E eu: "Ele é meu amigo." Risos! (hahahahahahahahahahaha) A minha vida está amarga demais, acho. Nem rir eu rio legal. É que estou com raiva. Eu rio com raiva. 
    Já sonhei contigo antes mesmo de te conhecer... Esse texto nem deveria ter sido feito. Nem deveria ser acabado... Eu estou em choque dentro de mim mesma. Olhe a hora, meu bem. O tempo... Não te odeio, e queria. Não por nada, e sim por tudo.

Preciso de mim

    Você sempre vai me lembrar daquela minha risada. E dos suspiros. Eu estava lá na parte de cima do colégio, não lembro o dia, mas deve ter sido depois do meio do ano. Quando passa meu aniversário, as coisas tendem a ficar boas, ou menos secas. É que já passou o outono e o inverno tá no finzinho. Voltando a escola, eu estava sentada na cancha aberta, perto da Minha Casa da Bruxa. Estava eu, e a galera. Nesse dia, tava todo mundo mesmo. Eu fui ver no celular sinais de vida e descobri: Havia vida no Maine. King, eu queria te conhecer, e casaria com você não só hoje, como nem casaria. Na verdade, só queria te olhar de longe e saber que você existe. Queria você como um irmão, até porque te acho parecido com o Fran.
    Para mim, para você(não o King, até porque, com você eu quero ter filhos, e a coisa é que esses filhos poderiam ser gatos, ou cachorros...) qualquer pessoa é mais importante que eu. Eu nunca vou ser suficiente. Os teus pedaços eu não sei aonde estão, e nem sei se eles existem, não existem, ou qualquer coisa... Mas, mudando de assunto: Eu quero te dizer que gosto de você, não como gosto de pudim, sabe? Na verdade, poderia ser como de pudim, porque tenho orgasmos comendo uma fatia dessa bela comida. Entretanto, todas as vezes que falei isso pra alguém eu recebi um pé em troco. Isso mesmo, eu odeio pés(PES também, pra deixar claro). Só que pensando bem, eu não sei se realmente eu gosto de você, ou algo do tipo. É que minha vida me dominou.
    Eu quero fazer bem para mim. Hoje, "inusitadamente", eu me sinto boba, ridícula, patética, tola sendo eu mesma. Eu não quero chorar por você. Ou, ter raiva de você. Não quero querer te esquecer. (Espere, eu já estou chorando. Ainda bem, pelo menos eu tenho algo a me fixar. Nunca chorei no banho, mas já achei que estava.)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Pra você dar o nome"

Eu não queria ser vista com você. Queria ver você. Ver dentro de você. Te virar do avesso e entender o desafio. Sentir seu coração pulsando ora devagar, ora rápido. Pular do primeiro andar e cair numa realidade de um telefone sem fio, ter nossa própria estrada. Ter uma estadia num mundo nosso. Ter nosso estado(Estado). Sentir sua respiração de ex fumante eternizada nos seus resmungos. Ficarmos doentes juntos...  (A maior parte do tempo penso em tragédias. Mas, acredito muito que o mundo é bom.)

Sem som

O louco que espera mais um pouco
De menos loucura.
Se aguentasse a pele pura...
Pura beleza é a existência que há na realidade. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Olá

     Se eu pudesse eu deveria ter te dito "eu te amo"(desculpe meu mau jeito e o transtorno, é que eu vim do Nibiru) no primeiro dia. Sim, eu gostaria de ter sido mais clara. Mas não fui. Eu fui seca. Eu tava querendo terminar comigo e com você; eu não aguentava mais ouvir suas lamentações e as minhas. Eu queria poder te dar a vida, e me fazer mais feliz, mas a sua mãe não me conhece.
     Todo dia tenho a sensação de passar por onde você anda. Quanta gente já pisou nesse chão, né? Eu fico imaginando o que você sente e sentiu passando por esses lugares. Aonde você vai? Eu não sei mais. Que horas você acordou? Quando foi dormir? Alimentou-se? Tá se tornando o que queria ser? Sim, eu estou louca. Por favor, não me esqueça. Você.  Eu sei que daqui uns tempos, ninguém vai saber quem eu fui, mas não me importo. Só quero que, de vez em quando, você lembre de mim e pode ter certeza que eu vou estar pensando em ti.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ficar abraçado

     Nossos amores são muito saturados. Eu olho na cara da pessoa e vejo apenas um nada gigante. As dúvidas são dívidas imaculadas na falta que sobrou do amor. 
     Eu acho que te vi passando na frente da minha casa, era uma sensação de desânimo. Eu estou de pijama. Eu não quero correr no portão. Você poderia passar na minha frente e me olhar, e eu nem em sonho te diria "Oi". 
     Nossa geração é a geração de impossibilidades. Eu vejo o nascer do sol fazendo um novo dia, e lembro quando eu não entendia porque eles não gostavam mais de mim, mas eu sei. Hoje sei que eu brincava com coisas diferentes. Eles brincavam de amor, e eu estava brincando de bonecas ainda. Parei de fazer isso com quase 14 anos.
     Na manhã de hoje brinquei de fazer vida. Olhei de novo na janela, vi os reflexos. Escutei meus pensamentos me dizendo que eu prefiro acreditar que existe alguém que já leu os mesmos livros que eu, já ouviu as mesmas canções que eu, já se sentiu assim, igual eu tô, e tudo ainda faz sentido.

Sufoco

Eu quero te falar que faz um mês - quem sabe - e eu sei lá o que eu sinto. Saudade é claro. Eu choro lendo o passado. Eu sou retardada. Sou insignificante, e idiota. Eu queria te falar isso, mas não tenho vontade. Gostaria de te dizer que estou vivendo com a sua falta. A ausência me faz ficar tão tão tão... E antes eu nem sabia que você estava aqui. Eu sou muito monstra. Eu tô ficando pior cada dia. Eu achei que há tempos me faltava chão, hoje eu tô caindo num buraco. Não tem luz. Eu bato no meu rosto freneticamente(pare de chorar!). Eu se pudesse falar com você, e só falar, eu ia te dizer que teu cabelo é engraçado. Mas, se não precisasse proferir nenhuma palavra, eu gostaria de te ver, nem de longe e nem de perto. Queria te olhar num meio termo. Eu poderia nem significar nada para você(para mim já não faz diferença; é a janela, tô me sentindo um nada). Eu queria ver você, o teu sorriso, os teus olhos. E dar o meu adeus.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Não era a hora

     Eu estava na janela da cozinha, a que - antigamente - tinha uma tela verde. Você vivia nos observando de dentro de casa pra fora por ela.(Eu deveria ter te amado mais. Eu deveria ter dito mais vezes isso para você. Eu não sei se agora você me escuta. Fica bem por mim, por favor.) Você caiu, jogou-se na frente da porta, perto da janela. Você respirou devagar. Eu não queria acreditar que você não estava mais ali. Eu achava que alguém ia chegar e você estaria bem de novo. Mas não. Uma semana depois eu não te vi mais aqui em casa. Seus olhos brilhavam tanto da última vez que te vi...
Eu não queria que você não existisse, ou deixasse de existir. Não ia adiantar eu passar com o carro por cima de você(que era o que eu gostaria de fazer, mas, nem quero mais isso). Ou você não ter nascido. Não ia adiantar. Sempre ficaria o vazio aqui. Só queria não ter te conhecido(entretanto, obrigada por me mostrar que sou bem diferente e que existem pessoas parecidas comigo, que no caso, estão escutando Asleep).

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Te amo

Eu sei porque eu estou me sentindo assim, meu bem. Será amanhã. Mas, sempre se lembre: "Eu sempre vou amar você. Você sempre estará no meu pensamento; estará no meu coração, meu pequeno." Bel, você é a minha vida, é clichê, lembra-me o lance da pomba, mas você é meu irmão. Eu não vou deixar de ter um irmão só porque ele morreu, eu sempre serei sua irmã. Fica bem, por favor.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Primeiro dia

Hoje tem sol amarelo e céu azul. Hoje está quente, mas tem vento. Hoje eu vi você correndo nos campos de morango. Hoje eu estou sorrindo. Hoje, há um ano, você ainda estava do meu lado. Hoje, você ainda está comigo. Hoje eu não sei mais o que me dizer. Ontem, levei vários tapas na cara; mas hoje, hoje eu dei um tapa na minha cara. Hoje eu sei que amanhã e ontem não é melhor do que hoje.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Seu

Desde a primeira vez que te vi achei que você queria ser um de meus textos. Na verdade, acho que foi por isso que me procurou. Não você como pessoa, mas sim como alma. Queria fazer parte dos meus poemas, dos meus pensamentos diários. Dos meus choros alegres. Da minha tristeza feliz. Da minha alegria amargurada. De ser algo horrível, mas eu não vi esse "horrível", então eu sinto tanta falta de ganhar dois presentes todo dia: você e a sua fala. (Esse aqui é totalmente seu, e pode crer.)

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cartas para Tom



      Sabe quando você engole a saliva e tem uma fug dificuldade de fazer isso, nem é porque esteja com dor de garganta(como é meu caso), mas sim porque leu algo e é assim mesmo? Você não tem mais recreios(ou intervalos no meio das aulas) para se sentir desconectado de todos. Ver todos lá felizes e contando histórias, ir pra um refúgio e te encontrar e te xingarem como se você conhecesse essas pessoas, e tivesse feito algo mortal pra elas(como se por existir você fosse algo abominável).(Lembra quando você comia seu lanche, mas vomitava ele, só pra não jogar fora e sua mãe ficar feliz?)
     Mas você se encontra, com as mesmas pessoas que estavam do teu lado, mas você nem sabia o nome delas. Agora sabe e conversa sobre o universo e tudo. E se vê no meio de pessoas, e só por estar lá se sente algo(faz parte de alguma coisa). Alguém, um amigo, que escuta você chorando porque ele te disse “Posso levar alguém junto?”, e te diz que ele é um idiota.  E você olha sua calça de uniforme no sol. Vê os pés de amigos próximos dos seus. Ou quando enlouqueceu e foi perto da casa da bruxa, escutou Legião, sozinha e por um pouco tempo, isso durou muito e te fez bem. Depois saiu de lá como se tivesse fumado um cigarro, e sentou no sol vendo crianças menores jogando futebol, e escreveu um texto que tava entalado na garganta e te dando câncer.
     Daí você pula amarelinha sem ninguém por perto, e curte todo espaço entre seus braços abertos. Volta no parquinho, e 11 anos depois consegue ir em lugares que não conseguia. E vive de felicidade. Você resolve ser professora.
Eu desamei e desmaiei depois que vi você realmente bêbado e parecendo uma pessoa que não é você. Conversando com pessoas(e você com uma voz deprimente) e parecendo que elas faziam com que você se sentisse pior(mesmo parecendo que te faziam bem). Sabe quando você sai com pessoas piores do que você só porque você se sente iguais a elas? Você não é assim! Mas quem sou eu para poder dizer isso? Um dia você mesmo vai concluir. Até lá, você tem eu como uma amiga.

Cachorro louco

Sonhei com você, esta noite. Chovia mas fazia sol(e agora estou com uma cara de retardada, a qual você já viu). Eu passei na frente da Protestante, e tava sol(amarelo) e céu(azul). Você falava comigo e sobre coisas tão idiotas como a gente. Odeio sonhar com você, porque lembro que gosto de você. Ainda quero que você seja feliz. E olho para os prédios e vejo o décimo andar e suspiro(sou boba). O Olga, queria morar lá; é tão brilhante. Nunca falei que gosto de você, nem que você é importante para mim, nem que eu já sonhei que tava casando(algo que não penso em fazer) por você. Mas é isso!

Bruna




     Não dá para voltar no passado para viver as mesmas coisas. Tem que se certificar que nós mudamos, mas a essência continuou. A mesma peça não vai reconstituir a tirada, nem pela mesma pessoa. Já foi. Mas sentindo e chegando em uma outro momento, pode ser que a vida se torne menos amarga.
     Eu queria te abraçar e – ao mesmo tempo – dar uma facada no seu peito. É a mistura dos dois(amor e ódio). Queria muito saber o que é aquele sonho que tive várias vezes, do papel amassando e agora me lembro dos papéis que você assina, baby. Eu espero que tudo tenha mudado, e um dia você volte a morar na frente da minha casa.