segunda-feira, 23 de setembro de 2013

    Boboca, eu prefiro sair assim fugida. Hoje eu queria não ter que nunca mais falar com você. Nossas conversas são deprimentes. Eu prefiro guardar meus sonhos embaixo do travesseiro. Hoje eu me vejo chorar por algo que fez eu dormir sorrindo ontem: Eu saindo de um hotel e te encontrando para comer um pudim. Sim! Uma coisa bem casual. No outro dia você iria me levar como guia por calçadas e ruas que já devo ter pisado ali, mas não lembro. E eu imaginei eu falando em voz alta seu nome. É complicado falar o nome de alguém quando está te dando as costas. Não porque quer, e sim porque está andando para frente. Falar baixinho o nome, e a pessoa escutar. 
    Eu nunca imaginei estar nessa situação em que me encontro, há, tipo, uns 5 anos atrás eu preferia ler, estudar, pular corda. Não que o que estou fazendo hoje seja pior. Mas eu não chorava. Eu quase nunca chorava. Sempre fui forte, sempre fui capaz de acreditar que eu tinha algo bom me esperando. Hoje estou tão sem chão. Tão sem nada. Pelo menos hoje: não quero ser feliz. Só queria morrer. Ou, sobreviver.

Achados e Perdidos

    Nunca imaginei que isto fizesse tanto sentido para mim: Eu não estou perdida. Sempre fui incompreendida, ou, não levada a sério. Sempre desempenhei as mesmas funções. A minha vida não é minha. Eu tô cantando Maurício mentalmente... Estão me falando da lua agora, e eu estou lembrando que falei com a minha mãe sobre você. E ela: "Mas...?" E eu: "Ele é meu amigo." Risos! (hahahahahahahahahahaha) A minha vida está amarga demais, acho. Nem rir eu rio legal. É que estou com raiva. Eu rio com raiva. 
    Já sonhei contigo antes mesmo de te conhecer... Esse texto nem deveria ter sido feito. Nem deveria ser acabado... Eu estou em choque dentro de mim mesma. Olhe a hora, meu bem. O tempo... Não te odeio, e queria. Não por nada, e sim por tudo.

Preciso de mim

    Você sempre vai me lembrar daquela minha risada. E dos suspiros. Eu estava lá na parte de cima do colégio, não lembro o dia, mas deve ter sido depois do meio do ano. Quando passa meu aniversário, as coisas tendem a ficar boas, ou menos secas. É que já passou o outono e o inverno tá no finzinho. Voltando a escola, eu estava sentada na cancha aberta, perto da Minha Casa da Bruxa. Estava eu, e a galera. Nesse dia, tava todo mundo mesmo. Eu fui ver no celular sinais de vida e descobri: Havia vida no Maine. King, eu queria te conhecer, e casaria com você não só hoje, como nem casaria. Na verdade, só queria te olhar de longe e saber que você existe. Queria você como um irmão, até porque te acho parecido com o Fran.
    Para mim, para você(não o King, até porque, com você eu quero ter filhos, e a coisa é que esses filhos poderiam ser gatos, ou cachorros...) qualquer pessoa é mais importante que eu. Eu nunca vou ser suficiente. Os teus pedaços eu não sei aonde estão, e nem sei se eles existem, não existem, ou qualquer coisa... Mas, mudando de assunto: Eu quero te dizer que gosto de você, não como gosto de pudim, sabe? Na verdade, poderia ser como de pudim, porque tenho orgasmos comendo uma fatia dessa bela comida. Entretanto, todas as vezes que falei isso pra alguém eu recebi um pé em troco. Isso mesmo, eu odeio pés(PES também, pra deixar claro). Só que pensando bem, eu não sei se realmente eu gosto de você, ou algo do tipo. É que minha vida me dominou.
    Eu quero fazer bem para mim. Hoje, "inusitadamente", eu me sinto boba, ridícula, patética, tola sendo eu mesma. Eu não quero chorar por você. Ou, ter raiva de você. Não quero querer te esquecer. (Espere, eu já estou chorando. Ainda bem, pelo menos eu tenho algo a me fixar. Nunca chorei no banho, mas já achei que estava.)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"Pra você dar o nome"

Eu não queria ser vista com você. Queria ver você. Ver dentro de você. Te virar do avesso e entender o desafio. Sentir seu coração pulsando ora devagar, ora rápido. Pular do primeiro andar e cair numa realidade de um telefone sem fio, ter nossa própria estrada. Ter uma estadia num mundo nosso. Ter nosso estado(Estado). Sentir sua respiração de ex fumante eternizada nos seus resmungos. Ficarmos doentes juntos...  (A maior parte do tempo penso em tragédias. Mas, acredito muito que o mundo é bom.)

Sem som

O louco que espera mais um pouco
De menos loucura.
Se aguentasse a pele pura...
Pura beleza é a existência que há na realidade. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Olá

     Se eu pudesse eu deveria ter te dito "eu te amo"(desculpe meu mau jeito e o transtorno, é que eu vim do Nibiru) no primeiro dia. Sim, eu gostaria de ter sido mais clara. Mas não fui. Eu fui seca. Eu tava querendo terminar comigo e com você; eu não aguentava mais ouvir suas lamentações e as minhas. Eu queria poder te dar a vida, e me fazer mais feliz, mas a sua mãe não me conhece.
     Todo dia tenho a sensação de passar por onde você anda. Quanta gente já pisou nesse chão, né? Eu fico imaginando o que você sente e sentiu passando por esses lugares. Aonde você vai? Eu não sei mais. Que horas você acordou? Quando foi dormir? Alimentou-se? Tá se tornando o que queria ser? Sim, eu estou louca. Por favor, não me esqueça. Você.  Eu sei que daqui uns tempos, ninguém vai saber quem eu fui, mas não me importo. Só quero que, de vez em quando, você lembre de mim e pode ter certeza que eu vou estar pensando em ti.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ficar abraçado

     Nossos amores são muito saturados. Eu olho na cara da pessoa e vejo apenas um nada gigante. As dúvidas são dívidas imaculadas na falta que sobrou do amor. 
     Eu acho que te vi passando na frente da minha casa, era uma sensação de desânimo. Eu estou de pijama. Eu não quero correr no portão. Você poderia passar na minha frente e me olhar, e eu nem em sonho te diria "Oi". 
     Nossa geração é a geração de impossibilidades. Eu vejo o nascer do sol fazendo um novo dia, e lembro quando eu não entendia porque eles não gostavam mais de mim, mas eu sei. Hoje sei que eu brincava com coisas diferentes. Eles brincavam de amor, e eu estava brincando de bonecas ainda. Parei de fazer isso com quase 14 anos.
     Na manhã de hoje brinquei de fazer vida. Olhei de novo na janela, vi os reflexos. Escutei meus pensamentos me dizendo que eu prefiro acreditar que existe alguém que já leu os mesmos livros que eu, já ouviu as mesmas canções que eu, já se sentiu assim, igual eu tô, e tudo ainda faz sentido.

Sufoco

Eu quero te falar que faz um mês - quem sabe - e eu sei lá o que eu sinto. Saudade é claro. Eu choro lendo o passado. Eu sou retardada. Sou insignificante, e idiota. Eu queria te falar isso, mas não tenho vontade. Gostaria de te dizer que estou vivendo com a sua falta. A ausência me faz ficar tão tão tão... E antes eu nem sabia que você estava aqui. Eu sou muito monstra. Eu tô ficando pior cada dia. Eu achei que há tempos me faltava chão, hoje eu tô caindo num buraco. Não tem luz. Eu bato no meu rosto freneticamente(pare de chorar!). Eu se pudesse falar com você, e só falar, eu ia te dizer que teu cabelo é engraçado. Mas, se não precisasse proferir nenhuma palavra, eu gostaria de te ver, nem de longe e nem de perto. Queria te olhar num meio termo. Eu poderia nem significar nada para você(para mim já não faz diferença; é a janela, tô me sentindo um nada). Eu queria ver você, o teu sorriso, os teus olhos. E dar o meu adeus.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Não era a hora

     Eu estava na janela da cozinha, a que - antigamente - tinha uma tela verde. Você vivia nos observando de dentro de casa pra fora por ela.(Eu deveria ter te amado mais. Eu deveria ter dito mais vezes isso para você. Eu não sei se agora você me escuta. Fica bem por mim, por favor.) Você caiu, jogou-se na frente da porta, perto da janela. Você respirou devagar. Eu não queria acreditar que você não estava mais ali. Eu achava que alguém ia chegar e você estaria bem de novo. Mas não. Uma semana depois eu não te vi mais aqui em casa. Seus olhos brilhavam tanto da última vez que te vi...
Eu não queria que você não existisse, ou deixasse de existir. Não ia adiantar eu passar com o carro por cima de você(que era o que eu gostaria de fazer, mas, nem quero mais isso). Ou você não ter nascido. Não ia adiantar. Sempre ficaria o vazio aqui. Só queria não ter te conhecido(entretanto, obrigada por me mostrar que sou bem diferente e que existem pessoas parecidas comigo, que no caso, estão escutando Asleep).