segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"Meu"

E essa vontade? É. Ela vem do que não tenho. Se é muito colado, sufoca. Se desprende-se, eu fico chorando, como se tivessem roubado minha boneca de dormir. Se falo toda hora, eu canso. Desisto. Caio na rede. Fico achando que é perseguição. Eu persigo. Eu corro atrás. Você diz “tchau”. Eu quero que você fique mais. Você nunca vai embora, eu não aguento mais.
Você chora, eu choro. Você sorri, eu sorrio. Você me ama, eu te amo. Você não vai ler isso(tomara). Eu leio todos os dias. Você fica com um olhar estranho, eu também fico. Você me estranha, eu te estranho. Eu, entranhas. Você, você. Eu gosto do que eu nunca gostei. Eu mostro do que eu gosto. Eu gosto? Ai, meu Deus. Gosto?! Eu não sei do que eu gosto, nunca soube. Não tenho amigos, não tenho pais, não tenho namorado(para você). Para alguns digo que tenho família, e tudo mais. Filhos. Sou muito otimista(pessimista, na verdade), mas eu não conto para você isso, porque você é meu tudo(família, amigo...).
Não posso mais falar nada, uma parte de mim está dizendo que tudo isso é mentira. Que não dá. Que eu quero sentir isso transcender. Queria estar ainda participando de recreios.  Já escutou essa música da Cássia Eller(não é dela, mas ela canta)? Escute. Meu Deus! (Assista Closer.)

domingo, 10 de novembro de 2013

“Nosso tempo já passou.” Esse é meu mantra. O repito várias vezes ao longo do dia. Com essa minha nova personagem incorporada, tento esquecer tudo que já aconteceu. Não olhar placas de trânsito - que por sinal são amarelas – e me lembrar de você. Você nunca vai saber que você é o Amarelo, na verdade. Por isso posso falar. Mas, digo isso como se fosse a vida de outra pessoa, com a ingenuidade e curiosidade de uma espectadora, porque nosso tempo já passou. 
Toda manhã, ou tarde, e quem sabe noite que acordo, eu olho para meu teto estrelado do quarto, e penso no sol que pode estar fazendo lá fora, mesmo que esteja tendo uma tempestade. Ah, as tempestades. Lembro que uma menina gosta muito delas, e sempre que olha uma vindo suspira ao contemplar isso, e sente como se o corpo flutuasse, fluísse. Acontecem borboletas (no estômago). Ela se enche de vida. Corre. Lembra-se da promessa, aquelas de não responder. Fica uma aula inteira de História lixando as unhas e conversando com as amigas, rindo. A tempestade a faz bem. Porém, ela acabou não gostando mais das que ocorriam. Foi no momento que ela caiu (das asas criadas) diretamente de um prédio, o Olga.  Ela se tornou humana, pois com a tempestade virava anjo. Ela se machucou muito. Sentiu o amor se estraçalhando, espalhando-se, só que, mesmo assim, sobrevivendo à queda...
(...)“Por que ele nunca escreveu seu nome na areia?” Porque ele não queria que as ondas o apagasse. Ele cravejou e lacrou dentro do seu coração um nome, e ela nunca soube. Sentia que sempre voltava lá pra trás, pra setembro, mesmo que já estivesse em novembro. Mesmo que quisesse estar em 2013, estava em 2012. 13 é o número da sorte dela. Pensa que tudo que acontecer nesse ano, ou nessa data deve ser gravado para sempre num semblante, porque o treze não era um destino, era uma promessa de que tudo seria da melhor forma e o que tinha que ser... 
Estou morrendo de calor e você deve estar se perguntando: “Como ela sabe dessas histórias dessas pessoas que ela tanto falou?” Eu leio muito. Eu fantasio muito. Eu escuto muitas músicas, meu bem. Eu me iludo demais. Mas amo uma bela leitura, escrever, escutar uma música boa. E estou com muito calor. Tô sendo repetitiva já. É melhor repetir algumas palavras, e coisas, do que lembrar e falar de outras totalmente imaginárias.

sábado, 9 de novembro de 2013

Desde quando você se foi


             Estou escutando uma música da Fresno, agora(ótimo gosto o meu, ultimamente). E pensando no que me deu. Nunca mais vou poder falar com você. Eu tô falando? Estou? Não. Estou falando com você. Você que ainda não conheço e tanto aguardo. Você que agora peço que venha. Falo para mim, toda a noite que você vai aparecer na minha vida. (E fico lembrando de você, e vendo que isso não está certo. Assisto um filminho, aquele lá! Que coisa triste?! Ando tão alegre que acho que já fiquei louca... Acabando o texto com um Strike básico.)
***
Tem tantas coisas que queria ter te dito. E – depois disso tudo(disso. Tudo) – não tenho nada a dizer... Tava ouvindo Janta perto do Olga, e andei na rua bem devagar, querendo que algo acontecesse. O que ocorreu, na verdade, foi um carro parando pra eu passar. Daí fui escolher cortinas novas, lavar elas. Deixar tudo claro limpo. Limpar a casa. Esquecer você. Olhar uma mísera tempestade e olhe: Só pensar na cortina secando no varal. Que vai molhar. Correr, chegar lá e já a terem recolhido. Foi assim.