E essa
vontade? É. Ela vem do que não tenho. Se é muito colado, sufoca. Se
desprende-se, eu fico chorando, como se tivessem roubado minha boneca de
dormir. Se falo toda hora, eu canso. Desisto. Caio na rede. Fico achando que é
perseguição. Eu persigo. Eu corro atrás. Você diz “tchau”. Eu quero que você
fique mais. Você nunca vai embora, eu não aguento mais.
Você chora, eu
choro. Você sorri, eu sorrio. Você me ama, eu te amo. Você não vai ler isso(tomara).
Eu leio todos os dias. Você fica com um olhar estranho, eu também fico. Você me
estranha, eu te estranho. Eu, entranhas. Você, você. Eu gosto do que eu nunca
gostei. Eu mostro do que eu gosto. Eu gosto? Ai, meu Deus. Gosto?! Eu não sei
do que eu gosto, nunca soube. Não tenho amigos, não tenho pais, não tenho
namorado(para você). Para alguns digo que tenho família, e tudo mais. Filhos.
Sou muito otimista(pessimista, na verdade), mas eu não conto para você isso,
porque você é meu tudo(família, amigo...).
Não posso mais
falar nada, uma parte de mim está dizendo que tudo isso é mentira. Que não dá.
Que eu quero sentir isso transcender. Queria estar ainda participando de
recreios. Já escutou essa música da
Cássia Eller(não é dela, mas ela canta)? Escute. Meu Deus! (Assista Closer.)