"O problema é você." - disse meu irmão.
Eu não consigo suportar a possibilidade de alguma coisa ser verdade.
Parece que nada vai ser suficiente para eu acreditar que estou bem.
Minha vida é um jogo de vôlei(eu odeio vôlei. Sei as técnicas, tipo, as
regras. Em tese eu sei jogar, mas... ). Eu chego lá e só sei fugir. Eu
queria que tudo fosse diferente, mas eu não sei se eu consigo.
Como eu disse, eu fiquei tão desacreditada (eu fico repetindo isso
várias vezes dentro da minha cabeça, para eu não poder sonhar mais. Não
voar e não cair). Alguns machucados são até bons, só que estou estou tão
normal por fora, e tão oca por dentro. Eu sei que eu tenho que
canalizar, eu sei. Mas é como se eu fosse uma mensagem na minha memória.
Algo contido lá, mas que não é lembrado porque está numa área
corrompida. "Eu só aceito a condição de ter você só pra mim." Pensar
muito e fazer pouco, faz de Bruna uma menina normal(igual a todo mundo).
***
Boca
seca, corpo quente, mãos geladas. Ânsia. E, ainda tenho 15 páginas
sobre Genética para estudar. Pois é. Eu tenho culpa, esse é o negócio.
Eu sou eu. Sabe aquela pessoa que mesmo lendo um livro, pode lê-lo de
novo e ainda se surpreender? Então. Eu tô tentando não ser assim mais. É
melhor ser o Jude. Se um fantasma está me assombrando, vou correr ao
máximo atrás para mandá-lo ao lugar que ele não deveria ter saído:
passado. E fazer de tudo para me manter viva, e manter você vivo.
Eu sei que você queimar o paletó foi burrice, mas não me importo. Você
está comigo. Eu tentarei ser o máximo Jude possível: surpreender os
outros sendo alguma coisa que ninguém mais esperava de mim. Sendo feliz.
Ou infeliz. Ou whatever. Mas, com você. (Tudo muda em apenas 1 minuto.
Não sou vazia. Estou cheia de vários sentimentos bons(bosta! Eu estou
ferrada!) que me queimam. Mas que eu dou valor, e não vou deixar eles
acabarem por causa de uma bobeira minha. Eu já vivo com tanta coisa.
Tantas derrotas que eu tenho por não suportar ganhar. Eu te amo.)
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