segunda-feira, 29 de julho de 2013

12 cores

     Vontade de deitar no gramado, olhar pro céu e sentir o calor do sol no rosto. Contar sobre você e as borboletas(na minha barriga). O efeito que tinha, o que causava. O significado que eu dava pras coisas. A cor das unhas(verde brilhante). O amarelo que coloquei nestas e a moça disse: "Que unhas." E eu: "Odeio amarelo." As aulas de história perdidas. As chuvas, as conversas às 10 horas da manhã, e eu correndo pelas escadas.
     O chá de pêssego e meu apego pelos números alaranjados. O parque. Os bets(deixe-me em paz). A casa da bruxa... Ah, Legião, Maine, sol, casa da bruxa, nervosismo. "Bruna, porque você tá rindo? Com quem você tá falando?" Tudo era lilás. Eu amo roxo.
     A prova. "B de bonitão." Nem sabia que eu não lembro o que sei. Serrar os dentes. Dançar lendo o jornal. Imaginar o bolo. Falar sobre mim sempre me deixa mais distante do que realmente é real.
     A festa. A perdição. Me perdi mesmo. Dia cinza. Eu tava no mercado e você disse: "Sinto muito, mas não dá." Eu pirei. Chorei. Fiquei vazia. Te xinguei. Depois fui comprar um treco azul. Não vermelho. Merda. Que bom que não era rosa.
     Pintei minhas unhas de preto. Não tava feliz. Via tua sombra branca ali na frente e tentava não pensar. Apenas agir numa viela que encontrei no meio de um livro: "Tempestuosas são as margens de uma rede prateada."

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