domingo, 13 de maio de 2012

Quintal #2


Desatam-se os galhos das árvores. Cai toda a folha, flor. Vem você.

Apagam-se as luzes. Só sobra música.

O meu amar é uma variação de distração com distorção.

Você tem asas e não consegue carregá-las. Mas eu aguento.

Pra sobreviver.

***

O ser não é o ter. E sim o renascer.

Não poderia ser feito, nunca foi pensado, mas teve que ser feito. Já foi.

Nem mesmo minha utopia é melhor do que o sol se pondo.

O que resta é a aresta de tudo.
Imensamente imenso. Naufragável. Sem barco. Sem mar.
Eu naufragada, você fragata.

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