sexta-feira, 11 de maio de 2012

13 do 13 de 2013 de 13

Depois do mar tem outro mar. Depois do além tem outro além. Há além, meia. Meus tênis cantam melodias iônicas. Renascença seria a melhor representação de mim, mas eu sou mais La Belle Époque. Jogo DS, subo em cima dos teus pés e grito: “Revolução!”, faz diferença? Para mim sim. Entro descalça no metrô; leio livros de autores saturados. Uso roupas de vidro. Vivo no cortiço. Tenho uma cortina de palha e conchas. Distribuo rendas para chegar à chuva. Caio, subo, entretanto, ainda escovo meus dentes. Às vezes, tenho medo do nada, isso, ele vem de qualquer coisa, chega e leva meu café embora. Pulo em escadas também, fazendo cerimônia de naufrágio.

Reescrevo com detalhes tudo o vem na minha caixinha de música. Dramatizo cenas do pardal. Foi o que veio, é o que vai. Pé é que vai. É. Sou circo, só não sou fotógrafa. É que finjo que sei. Você é parte de mim, eu não sou parte de você. E ninguém quer saber, sou eu e só eu. Ah, eu sempre roubo chá de joaninhas. 


Bruna Caznok.

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