segunda-feira, 14 de maio de 2012

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ECT. Eu espero, pode crer. Mesmo que eu quisesse (e quero) ouvir hoje, ou quem sabe, ler hoje, nem estou com vontade. Prefiro a ansiedade; o nervosismo. Eu espero. Sigo sem rumo, dou o meu número e até a minha rua. Eu me perco no parque, rio, escrevo, sou que nem pássaro. Eu espero, mesmo que seja distante, que não exista nada além de uma exorbitante chance de isto não acontecer. Tem a lua, tem estrelas. Há ainda a louça prateada e brilhante. Eu espero, pois um dia chega manso, e nada prudente, e vem sem esperar.

Sou um dó, e nada além do que um pó de poesia. O poeta tem asas nas mãos, mas na verdade, ele não precisa disso e nem espera isso. Pra que voar se tudo o que ele realmente necessita está em cima de um telhado dançando e mudando? O vento, eu espero. (Eu não sei se as janelas estavam abertas.)
Ps.: E que lembre do meu sobrenome.

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