domingo, 30 de março de 2014

Eu nunca fui de gostar de casamento. Nunca. Nunca fui de gostar de ninguém, na verdade(eu gostava de todo mundo que gostava de mim, porque nunca tive muitos amigos, então, qualquer coisa já tava bom). Eu queria uma casa minha(só minha), alguém que eu esperava, e casar só se eu quisesse, e ter filhos também(só se eu quisesse), além de ter cachorros(dois cachorros, e gigantes, quanto maiores melhores. Por causa do agito, eles correndo pelo corredor - redundância - etc). Não gosto de gatos. Veja só, "minha" casa está infestada de gatos... Nunca sonhei com uma aliança de casamento, vestido branco, mas já sonhei com o meu nome escrito na praia, mesmo que as ondas uma hora apagassem. O amor não será apagado, não importa o tempo. O anel pode estar no dedo, ou não, porque sou esquecida, eu posso tirá-lo(não por querer não tê-lo, mas por medo de perdê-lo). O nome na areia sempre vai estar lá. Assim como nomes em folhas, ou escritos em árvores(se fizer bem profundo o corte na árvore, pode permanecer lá e aqui o amor). Assim como cartas, ridículas, escritas a mão, cartas de amor. Aquelas que são bem bregas e nada breves. Que ficam o tempo todo falando da mesma coisa, ou querendo despistar o que está na cara, e eu nunca recebi. Ou aquelas colagens de murais, com fotos e juras(nem sempre cumpridas, mas bem compridas). Ou aquele sentimento tão grande que pode caber em diferentes coisas, mesmo aquelas não tão caras e simples, que transbordam do coração.

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