domingo, 5 de janeiro de 2014

Samurai



Eu amo vencer. Adoro os obstáculos que existem para isso. Mas, odeio as coisas que me surpreendem. Não é um ódio. É medo. A direção(e o sentido e sentimento) que as coisas tomam. A forma como elas andam tão rápido e acabam correndo. Eu dizia: “Não preciso de ninguém para cuidar de mim. Isso me deixa sufocada. E impotente.” Eu gosto de uma coisa constante: estar sozinha. Assim eu sofro menos, já que nada muda, fica todo tempo igual. Mas, quase toda a vez, o que eu quero para mim não é o que realmente "quero". Não é  querer, é medo de sofrer.
Eu sou uma pessoa muito desastrada. Eu faço de tudo pra me acabar. Pra me deixar mal. Pra eu poder largar as coisas que eu mais amo. Exemplo: desenhos. Nunca achei que eu era uma desenhista bacana, mas eu desenhava e tal. E parei de desenhar pois “eu não vendo a minha arte, ela é do mundo”. Atualmente, não estou fazendo mais isso(desenhar), e o mundo continua igual.
Eu tenho tanto temor de ser insuficiente ou excessiva. Eu gosto do estrago, eu amo o modo como uma vida pode se deslocar e fazer outra vida ser Vida. E a primeira se tornar tão mas tão preenchida. Só que eu “passo o dia com o celular na mão esperando qualquer coisa, querendo me sentir mais próxima, e ficando cada vez mais encucada, insegura, triste, fechada, presa, longe, sem sentido”... É como se tudo que eu faço não é bom para mim. Eu sou muito controladora, gosto de tudo perfeito e de tudo “como eu quero que seja”. Se eu pudesse eu parava o mundo e ia moldando as situações, as coisas, as pessoas do modo como eu quero. Mas eu me esqueço daquela música da Legião Urbana: “Só daria certo aos dois que tentam.” Eu amo Legião. Eu amo você mais que Legião, e mais que tudo. Mas, eu sou retardada.
Mesmo não havendo nenhum problema, pra mim existe. Eu sei que é da minha cabeça isso tudo, e também sei que eu não deveria pensar nisso, nem achar que o problema é eu. Mas, o problema está comigo. E eu queria você aqui comigo. Talvez fosse a mesma coisa, porque eu sou uma coisa horrível. Eu acredito em você, e em tudo que você é, fala, sente... Mas, eu me sinto “estranha”, como se “viesse de repende um anjo triste perto de mim”. Eu não quero te perder, e não vou. Nunca vou desistir de você e de mim, porque nós somos tão eu. Eu detesto(e amo) ser vencida pelo amor(obrigada Djavan, hahaha).

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