Eu amo vencer.
Adoro os obstáculos que existem para isso. Mas, odeio as coisas que me
surpreendem. Não é um ódio. É medo. A direção(e o sentido e sentimento) que as coisas tomam. A forma como
elas andam tão rápido e acabam correndo. Eu dizia: “Não preciso de ninguém para
cuidar de mim. Isso me deixa sufocada. E impotente.” Eu gosto de uma coisa constante: estar
sozinha. Assim eu sofro menos, já que nada muda, fica todo tempo igual. Mas,
quase toda a vez, o que eu quero para mim não é o que realmente "quero". Não é querer, é medo de sofrer.
Eu sou uma
pessoa muito desastrada. Eu faço de tudo pra me acabar. Pra me deixar mal. Pra
eu poder largar as coisas que eu mais amo. Exemplo: desenhos. Nunca achei que
eu era uma desenhista bacana, mas eu desenhava e tal. E parei de desenhar pois “eu
não vendo a minha arte, ela é do mundo”. Atualmente, não estou fazendo mais
isso(desenhar), e o mundo continua igual.
Eu tenho tanto
temor de ser insuficiente ou excessiva. Eu gosto do estrago, eu amo o modo como
uma vida pode se deslocar e fazer outra vida ser Vida. E a primeira se tornar
tão mas tão preenchida. Só que eu “passo o dia com o celular na mão esperando
qualquer coisa, querendo me sentir mais próxima, e ficando cada vez mais
encucada, insegura, triste, fechada, presa, longe, sem sentido”... É como se tudo que
eu faço não é bom para mim. Eu sou muito controladora, gosto de tudo perfeito e
de tudo “como eu quero que seja”. Se eu pudesse eu parava o mundo e ia moldando
as situações, as coisas, as pessoas do modo como eu quero. Mas eu me esqueço
daquela música da Legião Urbana: “Só daria certo aos dois que
tentam.” Eu amo Legião. Eu amo você mais que Legião, e mais que tudo. Mas, eu
sou retardada.
Mesmo não
havendo nenhum problema, pra mim existe. Eu sei que é da minha cabeça isso tudo,
e também sei que eu não deveria pensar nisso, nem achar que o problema é eu.
Mas, o problema está comigo. E eu queria você aqui comigo. Talvez fosse a mesma
coisa, porque eu sou uma coisa horrível. Eu acredito em você, e em tudo que
você é, fala, sente... Mas, eu me sinto “estranha”, como se “viesse de repende
um anjo triste perto de mim”. Eu não quero te perder, e não vou. Nunca vou
desistir de você e de mim, porque nós somos tão eu. Eu detesto(e amo) ser
vencida pelo amor(obrigada Djavan, hahaha).
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