sexta-feira, 26 de abril de 2013

Do tipo “Tudo bem?”



                

                   Tocou, bateu, na minha campainha, não sai da minha cabeça, é aquilo que ficou mesmo(mesmo  eu querendo que saia dali).
                Dia desses falei em um café, e nem foi para mim mesma, sobre meus textos, como se eu fosse uma grande escritora, me fazendo, igual o senhor LSD. Porém, todas as vezes que eu disse, fiquei me imaginando o querido Salvador Desesperado*, dando autógrafos às pessoas que nem sabem quem realmente é você, só fazem isso para chutar sua barriga e quebrar seu nariz.
                Mas, tudo bem, sobre o que era o textículo mesmo, hein, Ruiva? Ah, dentro do meu quarto eu imaginava meu ex-colégio, é triste pensar em ser “ex”, entretanto, é, né?  Inclusive, ando mastigando bem devagar os alimentos, para assim aproveitá-los mais. Lá, na escola, eu nunca fui inteira – mesmo parecendo ser -, era pobre* na verdade. Se eu tivesse um capacitor de fluxo, nem usaria. Eu com 12~13 anos era a mocinha mais linda do Universo.
                De vez em nunca dá uma vontade imensa de ser professora, o problema é que eu não sou mais criança(do pior jeito), pelo simples ato e fato de cheirar a arte, até em Marte... Há pessoas que não conseguem se desligar da seus respectivos colégios, porque lá é tudo e assim se tornam profissionais que lecionam, para assim ficarem por ali, vivendo bem, estar entrando e saindo sempre daquele ambiente mágica(“explode uma garrafa térmica” Boom!).
                Eu não, prefiro ser isto, nada e tudo, pegadas feitas lá no futuro, mas vistas no passado, ter perguntas respondidas depois de anos. Digo: “Sim, sinhô”. Eu nem sou eu mais, há muito tempo. Ouço ainda cânticos cantados por contos de ruas iluminadas por extintores pintores e cantores.
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*Johnny Marinville, personagem da obra Desespero, de Stephen King.
*”Meu coração é tão tosco e tão pobre, não sabe ainda os caminhos do mundo...” Ouvir no Recreio é tão bom.

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