quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Banjo no manjo do anjo

Um dia num manejo estranho veio um anjo

Que insistia em me revidar,

Com a cor dos olhos castanhos

Veio a me convidar.


Descendo à terra firme

Com o intuito de vencer,

De ser.

Pois tendo meu declive

O meu renascer.


Cheguei ao véu

De uma mãe,

Parecia estar no céu,

Num lindo jardim.

Sentindo assim,

Que eu estou aqui para ser alguém.


No mel de ser criança,

Doce mel,

Onde aprendi que o certo

E o certo.

O errado é um ponto de vista,

Tendo sempre ao longo do fel,

Aquelas pistas.


No banjo do acordar,

Olhar-me,

E apreciar,

Vendo que eu não sou mais quem era

Ou sou?


Eu estou sim,

Sem o que dizer,

Sem o que fazer.

Pois me vejo no espelho e não me reconheço.

Face que tinha não mais a tenho,

A sinceridade que existia eu perco.

Tomo-me pelo mundo,

E eu nem sou o Raimundo.


Bruna Caznok, 2009.

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